sexta-feira, 4 de novembro de 2011

quando penso em voce.. seja aonde for

To com saudade do teu cheiro na minha pele. Saudade de arder na tua febre quando tua boca me põe louca, teu suor invade meus poros, tua língua explora meu corpo e teus lábios me fazem amor... Saudade da tua voz sussurrando no meu ouvido, me pedindo pra dizer que eu sou tua, arrancando minha roupa, me arrepiando inteira quando me puxa para a tua fome, me deixando nua no momento em que queimo no teu beijo, me afogo no teu fogo, mergulho no teu gosto, arranho tuas costas, e sussurro que sou tua... (completa e irremediavelmente tua...!) Saudade de dormirmos agarradinhos, acordar no teu toque, na música que nos desperta, no instante em que me vejo nos teus olhos e o desejo arde de novo em nós...
Saudade da canção que brota gostosa da tua boca, do tom dos teus olhos que muda conforme você sorri (cor de mel quando você está sério, mais verdes quando está feliz), do timbre da tua voz me arrepiando, do teu coração no ritmo do meu corpo quando te enxergo por dentro e você me olha tão fundo e me canta o amor. Saudade de tudo que me faz lembrar você, até do blues que nem curto muito, mas que agora escuto só porque de um certo modo te traz pra mais perto de mim.
Saudade do mundo inteiro cabendo aqui no meu quarto quando você na minha cama está, me amansa na tua loucura, me enlouquece no teu cheiro, na hora exata em que te caço entre lençóis e me derramo nua em teu suor. Saudade do teu sorriso, aquele que torna tudo mais fácil, num instante de ternura única, que não sei bem o porquê você parece querer esconder (teu sorriso revela o teu lado mais bonito). Saudade até do teu mau-humor quando quero conversar e não deixo você dormir. Saudade até mesmo de você me dizendo que faço tudo errado, e eu retrucar, só para não ficar por baixo, que você não acerta uma.
Saudade do que não aconteceu (ainda!). De pegar a estrada pra praia ouvindo nossas musicas... De pão de queijo no Hotel Fazenda. De fazer amor, na serra, em frente à lareira. Da casinha na montanha, no mato, na cidade ou no campo (com você em qualquer lugar).
Da nossa cozinha e o melhor cheiro: o teu!. De ser cúmplice dos teus atos, descobrir o mundo na ternura do teu abraço. Ser o motivo do teu riso, a rotina da tua pele, a promessa dos teus olhos, a proposta da tua boca, a resposta do beijo. Pulsar no teu íntimo... Fazer do teu lugar o meu... Por tudo isso, pelo que eu sinto e que sei você sente também. Por você, por mim, é que te ensaio um poema, arrisco na rima, me perco no verso.
Só para te dizer dessa saudade. Pra te falar o quanto você me faz falta, do quanto te quero, pra te mostrar que não é a ausência de afeto o que há, talvez o que sobra dentro de nós morra um pouco no gesto falho, na entrega pela metade, nas palavras repetidas, no silêncio egoísta, do medo de ser nós mesmos, de expor nossos defeitos, e de repente descobrir que em meio a tantas diferenças somos tão iguais...
Sinceramente não sei. Só sei que não quero desistir, quero continuar tentando, descobrir o jeito certo do teu jeito se encaixar no meu. Porque estamos apenas começando. Porque não quero deixar que se perca em mim o desejo de permanecer em nós dois.

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