terça-feira, 27 de março de 2007

Confusa , pois o que vejo não parece ser o que tenta ser mostrado

“O meu olhar é diferente do teu.”

O meu olhar é diferente quando vejo uma flor com amor, e tu vez uma flor com beleza…
É diferente quando sinto o perfume doce e primaveril e tu nada sentes…
O meu olhar é diferente, porque vez letras…onde vejo inspiração… é diferente porque vês trabalho e eu vejo dedicação…
É diferente porque tu vês agua gélida onde eu vejo lágrimas sentidas, coloridas e desanimadas…
Onde corre a água de um vasto fio de mar, vejo segredos e sonhos roubados, de crianças e mulheres sofridas… tu vês H2O e cloreto de sódio…
Onde vês poder com admiração, vejo pobreza em espírito e falta de fé... vejo pouca realização pessoal e pouca felicidade futura…
Quando vejo a criança noite a pedir para embalar, observas apenas constelações estrelares cintilantes de luz…
Vejo muito? Vejo pouco? Vejo diferente de ti? Ás vezes vejo como tu, como às vezes vês como eu, mas isso nunca acontece no mesmo instante, porque isso nos iria tornar iguais…
Ás vezes para compreender as pessoas devemos sentir o seu olhar para perceber o que elas nunca dirão, mas o que elas sentiram…
Ás vezes deveríamos ser tão mais atentos e cuidadosos com todos à nossa volta… deveríamos sorrir com prazer, e não por obrigação… deveríamos abraçar e amar, para sentir o verdadeiro toque do que é viver, sem ter que pagar por isso, sem ter que trabalhar o dia inteiro para no próximo dia poder trabalhar…
Deveríamos dizer a verdade e odiar a mentira…
Mas o que deveremos considerar certo… se nem todos pensamos igual? Se nem todos na verdade vemos igual?
É na realidade a diferença que faz de nos o que somos hoje…

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