Volúpia do Vento
(Gilka Machado)
Na plena solidão de um amplo descampado,
penso em ti e que tu pensas em mim suponho;
tenho toda a feição de um arbusto isolado,
abstrato o olhar, entregue à delícia de um sonho
O Vento, sob o céu de brumas carregado,
passa, ora lagoroso, ora forte, medonho!
E tanto penso em ti, ó meu ausente amado!
que te sinto no Vento e a ele, feliz me exponho
Com carícias brutais e com carícias mansas,
cuido que tu me vens, julgo-me toda tua...
-Sou árvore a oscilar, meus cabelos são franças...
E não podes saber do meu gozo violento,
quando me fico, assim, neste ermo, toda nua,
completamente exposta à Volúpia do Vento!
(Gilka Machado)
Na plena solidão de um amplo descampado,
penso em ti e que tu pensas em mim suponho;
tenho toda a feição de um arbusto isolado,
abstrato o olhar, entregue à delícia de um sonho
O Vento, sob o céu de brumas carregado,
passa, ora lagoroso, ora forte, medonho!
E tanto penso em ti, ó meu ausente amado!
que te sinto no Vento e a ele, feliz me exponho
Com carícias brutais e com carícias mansas,
cuido que tu me vens, julgo-me toda tua...
-Sou árvore a oscilar, meus cabelos são franças...
E não podes saber do meu gozo violento,
quando me fico, assim, neste ermo, toda nua,
completamente exposta à Volúpia do Vento!
Um comentário:
quero essa mulher, quero sentir sua pele, me deixa lamber essas pernas?
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