domingo, 14 de outubro de 2007

Quem já não sentiu não é mesmo?


Saudades! Sim… talvez… e porque não?…Se o nosso sonho foi tão alto e forte
Que bem pensara vê-lo até à morte
Deslumbrar-me de luz o coração!
Esquecer! Para quê?… Ah! como é vão!Que tudo isso,
Amor, nos não importe.Se ele deixou beleza que conforte
Deve-nos ser sagrado como pão!
Quantas vezes, Amor, já te esqueci,Para mais doidamente me lembrar,Mais doidamente me lembrar de ti!
E quem dera que fosse sempre assim:Quanto menos quisesse recordar
Mais a saudade andasse presa a mim!
Florbela Espanca

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