segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Atrevido


Eu ainda sonhava, não me lembro com o que, nem adianta me perguntar, mas sonhava.
Aos poucos pude ir sentindo que você estava sobre mim, como estava de bruços, somente sentia o seu calor e o seu pulsar.
Indecente. Você é deliciosamente indecente.
O lençol havia sido tirado de cima de mim e mais uma vez você me acordava aos beijos, no bumbum, nas pernas, em lugares inimagináveis, aparentemente proibidos...
Sou meio preguiçosa, já sei você vai me entregar, sou completamente preguiçosa ao acordar, não por ser cedo, mas porque sou assim e você se aproveita disso.
E eu adoro. Deixa o peso do seu corpo sobre o meu, beija minhas costas, chegando até a nuca, enfia a língua na minha orelha, me arrepiando inteira, gemo baixinho, mal enxergo, ainda nem abri os olhos. E continuo assim, de olhos fechados, sentindo.
Você é mais atrevido e se enfia entre minhas pernas, procura vales e desertos, adoça com beijos e lambidas.
Quando sacia sua fome do meu lado norte, me vira repentinamente, para o lado sul.
Capitão de todos os meus mares, sabe navegar, cedinho, vai e desata nós, abre o mar, abre caminhos e mergulha entre minhas pernas, em minhas delícias que transbordam em águas límpidas e salgadas que matam sua sede. Sede de marujo.
Marujo que é indecente, e lambe, chupa, entra em mim com seus dedos, eu acordo, definitivamente, peço mais, gemendo rouca peço mais.
Ao mesmo tempo em que é rude marujo não perde o cavalheirismo do capitão que acaricia minhas coxas enquanto me bebe em goles sedentos.
Navega em meu mar, meu amor.
Entra na fúria das ondas, porque eu te quero assim, eu adoro te ver assim, dono dos meus destinos. Como é bom acordar ao seu lado e depois descansar em seus braços,
porto seguro meu.

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